Brandonn Pierry: Campeão Mundial Júnior define suas próximas metas

Na edição de número 123 da Revista ANAPP (Associação Nacional dos Fabricantes de Piscina) uma entrevista com Brandonn Pierry de Almeida apresenta a rotina, a história e as metas do jovem nadador para a comunidade aquática e para quem ainda não conhecia o Campeão Mundial Júnior dos 1.500 metros livre. 

Confira a entrevista aqui:

NASCE UM CAMPEÃO

Por Katarine Monteiro 

Campeão brasileiro, campeão Pan-Americano e agora Campeão Mundial Júnior. Estamos falando de Brandonn Pierry de Almeida uma de nossas maiores chances de medalhas na natação nos próximos campeonatos mundiais e nas próximas Olimpíadas. 

Nadador do Corinthians (único clube que defendeu até hoje), o atleta de 18 anos conquistou em agosto o título de Campeão Mundial Júnior na prova dos 1.500 metros livres (15min15seg88), medalha inédita para a natação de fundo brasileira (provas mais longas). Mundial Júnior, que aconteceu em Singapura, foi o segundo do paulista, que é hoje o recordista e campeão brasileiro da prova. 

Brandonn foi campeão absoluto pela primeira vez em setembro de 2014 no Troféu José Finkel e campeão brasileiro em abril deste ano no Troféu Maria Lenk. Desde então, sua evolução na piscina não para de crescer.

Especialista nos 1.500, 800 metros livre e 400m medley, foi também campeão Pan-Americano em julho deste ano, na sua primeira participação na competição. O ouro veio na prova dos 400m medley, em que quebrou o recorde mundial júnior da prova, vencendo o favorito Thiago Pereira, que foi desclassificado. Nos 1.500m livre ficou com a medalha de bronze e quebrou o recorde brasileiro da prova, com o tempo de 15min11seg70.

O nadador conversou com a ANAPP e contou um pouco de sua história, rotina, e planos para o futuro. 

Com quantos anos você começou a nadar?

Comecei a nadar com 3 anos.

Você sempre foi nadador de fundo?
Sim, sempre nadei fundo e medley.Mas a minha prova principal são os 400 medley até no ranking mundial: essa é a prova em que eu estou melhor colocado.

Você já está ansioso para as Olimpíadas do Rio, ou prefere pensar em cada competição por vez?

Eu prefiro pensar passo a passo, primeiro eu quero fazer o tempo para estar lá e depois se Deus quiser eu fico ansioso.

Você tinha o índice para o Mundial de Kazan, por que optou por ir ao Mundial Júnior de Singapura?

Pela proximidade das competições, o mundial de Kazan e o Mundial Júnior ficariam muito próximos um do outro.

Na prova dos 1.500 no Mundial de Singapura, você nadou a segunda metade da prova melhor do que a primeira. O que isso pode significar em termos de eficiência do seu nado?


Essa é a minha estratégia de prova desde pequeno essa é a minha divisão nos 1500, mas esse é um ponto que eu tenho capacidade de melhorar.

Qual é sua expectativa para os próximos anos, em especial para o ano que vem?

Primeiro eu tenho que continuar no foco, treinando forte, me dedicando e continuar fazendo bons resultados para se Deus quiser eu estar nas Olimpíadas, que é o objetivo principal de qualquer nadador para o próximo ano.

Você faz parte de uma nova geração de representantes da natação brasileira. Pelo o que é marcada essa nova geração?
Acho que de união. Essa geração mais nova por ter pegado muitas seleções juntas, nós estamos sempre entrosados, nos conhecemos uns aos outros muito bem e estamos sempre tentando incentivar e passar energia entre nós.

Quem são seus ídolos?
Meus ídolos no esporte são o Ayrton Senna, que infelizmente não pude acompanhá-lo. E meu outro ídolo é o Michael Phelps, que dispensa comentários.

Você vai focar em alguma prova, como preparação para o Open?

Eu ainda não sentei para conversar com o meu técnico, mas provavelmente minha preparação será visando os 400 medley.

Quanto você treina por dia? Qual é sua rotina?

Meus treinos giram em torno de 5 a 7 mil pela manhã e 3 a 4 mil a tarde. São nove treinos semanais com três dias da semana com preparação fora da água e dois dias de treino funcional.

Como nadador de fundo, você já experimentou provas mais longas? Como as de maratona aquática?

Sim eu já experimentei maratona aquática, mas eu prefiro a piscina mesmo.Esse negócio de contato físico não é para mim não .

E o tempo? Você espera nadar pra quanto nas próximas competições ? 14’ é sua meta?

Acho que essa barreira é um sonho para qualquer nadador fundista quando você abaixa da barreira dos 15 minutos você entra em outro patamar. É uma meta para mim só que eu continuarei com meu foco para os 400 medley.

Qual é seu principal objetivo a curto prazo? E a longo?

A curto prazo é a nossa primeira seletiva olímpica que é em dezembro. E, longo prazo. é ser um nadador renomado que conseguiu fazer história para o Brasil como o Gustavo Borges, Ricardo Prado, Cesar Cielo entre outros.


Entrevista retirada da Revista ANAPP

Confira a edição na íntegra da revista, no Link: http://www.anapp.org.br/revistas/edicao-123/

Foto: Satiro Sodré/SSPress

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