ARTIGOS


 Replico aqui um artigo publicado na Swim Channel, do Daniel Takata. Vale a pena a reflexão... 

CBDA: lições para o futuro - Da Swim Channel 



Abril de 2010. Os principais nadadores do país se preparam para a disputa do Troféu Maria Lenk, na Unisanta, em Santos. Precisam nadar bem, pois o torneio é seletiva para o Campeonato Pan-Pacífico, principal competição internacional do ano. Ou, ao menos, os atletas imaginam que seja.

Na realidade, até alguns dias antes do Maria Lenk os critérios para a formação da seleção brasileira não haviam sido anunciados pela CBDA. Havia duas possibilidades. A primeira seria que apenas o Maria Lenk serviria como seletiva, e assim os nadadores deveriam chegar ao torneio muito bem preparados, para brigar por convocação. A segunda seria que competições do segundo semestre de 2009 também seriam consideradas, como o Finkel e o Open. Nesse caso, os nadadores que já haviam obtido bons resultados teriam suas convocações praticamente garantidas, pelo fato que em 2009 ainda eram permitidos os trajes tecnológicos, barrados em 2010, e obviamente os tempos provavelmente seriam bem melhores que os que seriam obtidos no Maria Lenk. Estes nadadores, então, não precisariam chegar à competição na melhor forma e poderiam visar toda a preparação diretamente para o Pan-Pacífico.

Uma semana antes do Maria Lenk, o critério foi anunciado. E foi considerada justamente a segunda possibilidade. Compreensivelmente, pouquíssimos atletas melhoraram suas marcas de 2009, e a seleção foi formada basicamente pelos resultados do ano anterior.

Uma chuva de críticas inundou a CBDA, inclusive da imprensa internacional. Tanto por anunciar o critério tão em cima da hora, quanto por considerar um critério esdrúxulo, que considerava tempos de competições diferentes que, pelo fato dos trajes, eram incomparáveis. ''O ruim foi a demora para divulgar esses critérios. Eu, por exemplo, fiz uma preparação para chegar aqui (Maria Lenk) com condições de fazer um bom tempo. Se soubesse disso antes, teria dado prioridade ao Pan-Pacífico, em agosto'', disse Nicholas dos Santos, em uma das inúmeras reclamações.

A CBDA já vinha sendo criticada há algum tempo, pela falta de planejamento e desorganização. Assuntos como a falta de clareza no repasse aos atletas dos recursos provenientes dos Correios e as diversas assembleias marcadas para o tardio mês de março em vários anos para aprovar o calendário do ano vigente, afetando planejamento de clube e atletas, eram assuntos recorrentes e debatidos. Parecia que, àquela altura, a administração da entidade, que claramente estava com prazo de validade vencido havia alguns anos, havia chegado ao fundo do poço. Apenas parecia.

Na época, aventou-se timidamente até um boicote dos nadadores ao Troféu Maria Lenk e ao Pan-Pacífico, lembrando o que fez a equipe brasileira de tênis em 2004, que se recusou a jogar a Copa Davis em protesto contra a administração, levando o Brasil à terceira divisão e ocasionando a queda do então presidente da CBT Nelson Nastás.

Como sabemos, nada disso ocorreu e a diretoria da CBDA continuou à frente da entidade por quase sete anos, dificultando toda e qualquer ação de oposição. E sem melhoras.

O fundo do poço chegou de verdade semana passada, com a prisão do presidente de 1988 a 2017, Coaracy Nunes Filho, do superintendente Ricardo de Moura, do diretor financeiro Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga e do coordenador de polo aquático Ricardo Cabral, detidos na Operação Águas Claras, acusados de formar um esquema de desvios de recursos públicos repassados ao órgão. Para mais detalhes acerca da operação, confira aqui.

É um fim melancólico para uma administração que ficou quase 30 anos no poder e que só fez se perder nos últimos (muitos) anos. À parte das prisões, o mau uso do dinheiro público e a falta de planejamento têm sido uma constante. Temos visto muitos casos em que gestões que se perpetuam no poder terminam de maneira trágica, quando não escandalosa. Quem sabe se houvesse tido uma movimentação maior contra aquele critério de 2010, que representava apenas o estopim para tantos outros absurdos, as coisas não pudessem ter sido diferentes ao menos nos últimos anos?

Na realidade, o anúncio daquele critério só denunciava a falta de gestão e planejamento que todos sabiam que existiam, mas deixavam que empurrassem com a barriga. Além dos exemplos já citados, há muitos outros: utilização de tabela de índice técnico desatualizada (em 2015 ainda utilizavam tabela de 2011, sendo que a FINA a atualiza todos os anos); cancelamento dos campeonatos brasileiros de inverno em 2016, tirando a oportunidade de muitos atletas infantis, juvenis e juniores alcançarem os objetivos pelos quais tinham planejado; a imposição de uma comissão de atletas escolhida pela própria entidade, ferindo a Lei Pelé; grandes competições com medalhistas olímpicos sem o menor interesse e muitas vezes sem até conhecimento do público por divulgação pífia da CBDA; sistema de resultados on-line totalmente não intuitivo e difícil de manusear; e muitos outros.

Um temor que a comunidade aquática teve por muitos anos era que os Correios, apoiador da CBDA desde 1991, viesse a não renovar seu contrato de patrocínio. Um temor que jamais deveria existir. Após tanto tempo, a entidade se acomodou. Jamais se preocupou em ter outras fontes, e sequer em formar reserva de emergência quando o patrocínio, que uma hora chegaria ao fim, terminasse.

Agora, após o escândalo, os Correios ameaçam rescindir o contrato. Os atletas foram às redes sociais para pedir que o patrocínio continue. Sabem que, sem os Correios, a situação será dificílima. Se houvesse um mínimo de planejamento nos anos anteriores, a CBDA teria como segurar as pontas.

Hoje, a situação é caótica. A seleção brasileira juvenil de natação não pôde ir ao Multinations na Europa e não se sabe como a seleção brasileira será formada para o Mundial de Esportes Aquáticos em julho, na Hungria. E essa é só uma parte dos problemas.

É a consequência de uma política que afeta não só a CBDA, mas todo o esporte nacional. O Fisc Esporte (Relatório Sistêmico de Fiscalização da Função Desporto e Lazer), diagnóstico traçado pelo Tribunal de Contas da União publicado em dezembro último, traz a razão de recursos públicos e privados dentro do esporte: de 2010 a 2014, menos de 2% do montante corresponde a patrocínios privados.

E toda essa situação gera um círculo vicioso. O esporte precisa de dinheiro, mas gere mal seus recursos. Empresas privadas, dessa forma, não querem ligar seus nomes às confederações esportivas, que passam a depender cada vez mais do dinheiro público. E quando ele não vem, o que agora é uma ameaça real no tocante à verba dos Correios, maior empresa estatal de serviços do país, o que vemos é o caos.

Que sirva de lição. Quem sabe da próxima vez que uma diretoria da entidade se mostrar tão desinteressada nos interesses dos atletas, como aconteceu tantas vezes nos últimos anos, que a comunidade se levante e faça algo na prática para mudar a situação. Como não ocorreu em 2010 e em tantas outras ocasiões.

Por Daniel Takata





São Paulo, 12 de agosto de 2015


A cobertura de um Mundial: duas semanas de evolução


  Foram 14 dias de cobertura do Mundial de Desportes Aquáticos da FINA. Vou confessar que estava muito empolgada pra cobrir (mesmo que de longe) outro mundial. Em 2013, no começo do blog, o Mundial de Barcelona foi a primeira experiência que tive em cobrir as provas de um  grande evento e comparando com este ano, percebo que cresci.
  Lendo meus antigos e primeiros posts eu admito, com orgulho, que melhorei.No começo tudo era novo: nomes novos, tempos, provas e eu fiquei tão perdida que só falei dos brasileiros. Esse ano, quis fazer diferente. Já um pouco mais madura, acompanhei prova por prova e tentei entender o porquê a natação é tão fascinante para todos os povos, não só para nós, brasileiros.
  Com o passar dos dias admirei ainda mais Katie Ledecky, Katinka Hosszú, Ryan Lochte e outros nadadores internacionais, além de poder acompanhar e escrever sobre a evolução da natação brasileira com as medalhas merecidas de Bruno Fratus, Nicholas Santos e Etiene Medeiros.
  Com o trabalho e com a faculdade eu não consegui assistir todas as provas, mas acompanhava incessantemente os resultados pelo site do Omega (site oficial) e pela Yes Swim, que fez uma cobertura em tempo real. Chegava em casa e ia logo ver as provas (da qual eu eu já sabia quem eram os vencedores). Foram 14 dias difíceis e trabalhosos mas que valeram a pena. Não sei quantas pessoas acompanharam, mas minha felicidade ultrapassa a questão da visualização e poderá ser demonstrada através dos meus próximos textos.
  A evolução é preciso, é assim que o mundo funciona. Atletas, esportistas, jornalistas ... todos nós precisamos mudar para melhor.Foram dois anos escrevendo, analisando e principalmente aprendendo sobre natação. É claro que não sou nenhuma expert no assunto, mas pretendo a cada dia me especializar e assim como os atletas, evoluir. E que venham mais coberturas, mais textos e muitos mais anos de Medley-Just Swim !

Por Katarine Monteiro







São Paulo, 08 de junho de 2015


Katinka  Hosszú é acusada de dopping; detalhe: sem provas 


  A húngara multi campeã, Katinka Hosszú, deu uma resposta à altura sobre o artigo publicado no site da Swimming World. O artigo escrito por Casey Barrett foi publicado no dia 20 do mês passado e tem causado um burburinho e tanto na natação internacional. Mesmo dizendo no artigo que não há provas, Casey questiona os resultados de Katinka e uma "suposta ajuda" para nadar tantas provas em diversas competições. No artigo " Are Katinka Hosszu’s Performances Being Aided?“ o ex-nadador deixa claro sua posição sobre Katinka e a acusa direta e indiretamente de usar substâncias ilícitas para alcançar seus resultados. 
  Em uma parte do artigo, Casey diz que para um atleta se dopar ele deve acreditar que todos seus concorrentes também se dopam, o que seria o caso de Katinka, que perdeu a final olímpica dos 400m medely pra chinesa Ye Shiwen e amargurou um quarto lugar nessa ocasião. Segundo o artigo, Shiwen venceu aquela final com fortes suspeitas de dopping e Katinka sofreu uma pequena "depressão" depois do episódio. Porém, ela voltou com tudo e nesses dois anos tem, segundo ele, usado de algumas fontes erradas para conseguir bons resultados. 
  O resultado do artigo foi a manifestação de Katinka e da própria Federação Húngara de Natação que repudiou totalmente o artigo publicado pela Swimming World. Na resposta de Katinka publicada nas redes sociais, ela se diz machucada por " falsas alegações" e que esse tipo de comportamento não condiz com seu caráter e com o que acredita. Em parte da resposta a húngara diz : "As alegações dele são falsas, e como ele mesmo admite, não há provas, porque elas não existem". (traduzido)  
  Os argumentos usados no artigo são baseados em opinião pessoal e não há nenhuma prova que Katinka usa ou já tenha usado alguma substâncias para melhorar sua performance. Katinka tem 26 anos de idade e é conhecida por nadar muitas provas em uma mesma competição, conquistando recordes e ganhando prestígio por onde passa.Alegações sem provas não podem manchar a carreira da melhor nadadora de 2014 e manchar, o que é pior ainda, sua reputação. Provas são incontestavelmente necessárias. Ou você as tem ou é melhor ficar quieto. 

Por Katarine Monteiro




São Paulo, 05 de fevereiro de 2015


Eu gostei tanto,mais tanto do artigo da SwimSwam que resolvi traduzir. Bryana Cielo, é assim como eu, uma aspirante a jornalista que ama natação, e que eventualmente escreve sobre o assunto. Em um artigo publicado em 13 de dezembro, ela lista uma série de fatores que os nadadores odeiam. O que mais me chamou atenção foi que essa lista pode servir tanto para os amadores (meu caso) quanto para os profissionais. Confira:

12 coisas que um nadador odeia !


1. "VOCÊ GANHOU A COMPETIÇÃO?"
Não. eu não ganhei. Uma só pessoa não pode ganhar uma competição. Isto não é possível. Acabou a história.

2. NOVAS TOUCAS 
O material branco bruto, que vem do lado de dentro de uma nova touca, faz com que ela deslize pra fora de sua cabeça as primeiras cinco vezes que você colocar.

3. FEBRE DE NATAÇÃO OLÍMPICA 
Aquela semana das Olimpíadas em que todo mundo, de repente, vira um fanático por natação. Ryan Lochte ( no caso do Brasil, César Cielo), se torna o plano de fundo do telefone de toda garota.

4. QUANDO AS PESSOAS TOCAM SEUS PÉS 
Se você vai nadar mais rápido do que eu, então me passe. Não fique nos meus pés, a menos que queria ser jurado de morte.

5. "BOM TRABALHO", DEPOIS DE UMA PROVA RUIM 
Se eu sair da piscina sem estar sorrindo, não me fale "bom trabalho". Não tente me fazer sentir melhor, porque isso só me lembra o quão ruim eu fui.

6. QUANDO AS PESSOAS RECLAMAM DE ACORDAREM CEDO 
Acordar cedo para treinar  dá o direito de nos sentir incomodados por pessoas que reclamam de acordar tarde.

7. PESSOAS QUE CONVERSAM COM VOCÊ ANTES DA PROVA
Estou tentando entrar no clima. Estou tentando me focar. Seu papo chato não está ajudando. Pare de falar comigo.

8. MARCA DOS ÓCULOS 
Não, não é parte da minha maquiagem.

9. "VOCÊ REALMENTE VAI COMER TUDO ISSO?" 
Sim. Eu vou.Não questione. Não me peça. Consiga sua própria comida e me deixe em paz.

10."VOCÊ CHEIRA CLORO" 
Sem brincadeira.Não importa quantos banhos eu tome, o cheiro não vai embora. Eu tomo, e não vai embora. Não me lembre.

11. "EU CONSIGO GANHAR DE VOCÊ NA PISCINA"
Ah, sério? Jura? Você pode? Com todo treinamento que você faz? Brincando na piscina do seu apartamento?

12. NATAÇÃO....
Nós amamos ...e também odiamos.

Veja o original aqui: 12 Things Swimmers Hate 

Por Bryana Cielo (com modificações)


São Paulo, 16 de outubro de 2014


Psicológico de campeão 


Não sou de escrever sobre a vida pessoal dos atletas , mas, para ele abrirei uma exceção.Michael Fred Phelps II , apenas o maior medalhista olímpico de todos os tempos virou notícia mais uma vez, infelizmente por algo ruim. Suspenso pela USA Swimming por 6 meses ao ser pego dirigindo embriagado quando saia de um cassino, o aleta de 29 anos não participará do Mundial de Piscina Curta,que acontece em dezembro no Catar.
Ninguém, repito, ninguém ganhou 22 medalhas olímpicas e tem o número de admiradores que Phepls tem. Qual é a sensação ?? Não sei. E duvido que alguém saiba. Pense no psicológico que um atleta deste nível deve ter.Imagine ser seguido todos os dias, ter que sempre andar sorridente, tirar fotos, ser exemplo de bom moço a cada aparição. Não podemos negar que o modelo de bom moço nunca combinou muito com Phelps, mas seu legado e suas medalhas conquistadas não podem ser apagadas por isso.
Ele sabe de seu peso como ídolo, sabe que é modelo para jovens e crianças e sabe que fez a coisa errada.Ele mesmo resolveu dar um tempo da piscina, para tentar "entender a si mesmo".
Este ano Phepls decidiu voltar a competir profissionalmente, assinou contrato com um novo patrocinador, ganhou a prova dos 100 metros borboleta no Pan Pacífico e tudo estava se encaminhando bem. Só de imaginar o maior medalhista de todos os tempos competindo no Rio em 2016 já abria portas para a publicidade, público e admiradores. Agora, o tempo nos dirá se teremos ou não Phleps em mais uma Olimpíada. A escolha de voltar a ativa foi feita úncia e exclusivamente por ele. Desta vez sua proposta foi de se divertir nadando e agora seu futuro é incerto. 
Talvez seu ato tenha sido uma forma de fuga das cobranças ou apenas um erro que já se repetiu quando tinha 19 anos.
Ninguém sabe o que se passa na cabeça de quem já "chegou lá". E talvez nem ele queira verdadeiramente saber. 
Veja a declaração do nadador em sua conta nas redes sociais:
“Os últimos dias foram extremamente difíceis. Eu reconheço que este não foi meu primeiro erro cometido e estou extremamente desapontado comigo mesmo. Irei tirar um tempo para participar de um programa que irá me dar a ajuda que preciso para me entender melhor. A natação é a principal parte da minha vida, mas agora preciso focar em mim como indivíduo, e fazer o trabalho necessário para aprender com esta experiência e tomar melhor decisões no futuro". 
Força, boa recuperação e foco. É o que desejo a Michael Phelps.

Por Katarine Monteiro 


São Paulo, 22 de julho de 2014 


Depois do choro vem a glória


  Chorou. Em plena Olimpíada a favorita desistia da prova por conta de um início de hipotermia.Poliana Okimoto ficou desolada depois daquele episódio na prova olímpica de águas abertas em Londres. Mas, pouco tempo depois estava de volta , mais forte do que nunca e conquistando uma medalha de cada cor no Mundial de Barcelona.
  Naquela ocasião Poliana não desistiu de ir atrás de seus sonhos, mesmo depois de ser criticada por gente que nem sequer sabia o quanto ela lutou para estar ali. Poliana lutou , treinou e venceu.
  Desta vez, a atual líder do ranking da Copa do Mundo teve, por recomendações médicas, mais uma vez deixar uma disputa. A Copa do Mundo de Maratonas Aquáticas está sendo liderada pela nadadora de 31 anos que infelizmente sofreu uma leve fissura no disco da coluna cervical e teve que deixar o Circuito.
  Poliana por meio das redes sociais anunciou que para não agravar a lesão ela e seus preparadores decidiram poupá-lá para as próximas competições, que por sinal são seus maiores objetivos, as Olimpíadas em 2016 e  o Mundial do ano que vem.A fissura foi sentida na prova de Setúbal, em Portugal e trouxe mais uma vez tristeza a campeão mundial.
  Segundo ela, a lesão não foi tão grave e poderia ter sido pior.Poliana em 20 anos de carreira não tem histórico de lesões. 
  Com a ajuda de seu marido e técnico , Ricardo Cintra, de seu  fisioterapeuta Alexander Rehder, sua nutricionista Marcella Amar, seu médico ortopedista Henrique Haidar e claro com o suporte dos fãs , Poliana chora hoje para sorrir amanhã. 
  Sua persistência e garra são seus maiores adjetivos e tenho certeza que ela não desistirá tão fácil de uma medalha no Rio. Como diz o ditado : "perde-se uma batalha mas não a guerra". Estamos com você Poliana. 
"Quem supera, vence". (Johann Goethe)
#RumoaoRio #ForçaPoliana 

Por Katarine Monteiro 




São Paulo, 07 de junho de 2014 

A rainha africana das piscinas está de volta


 Kirsty Coventry está de volta a elite da natação mundial. A  mais aclamada e famosa nadadora da Africa , voltará a treinar nos EUA visando as Olimpíadas do Rio em 2016. A nadadora fará parte da equipe SwimMac que reúne alguns dos melhores nadadores do mundo incluindo Ryan Lochte e Tyler Clary. Muito atenciosa com seus admiradores Kirsty publicou em sua página no Facebook um texto dando a notícia de sua mudança.Escreveu ela : " Eu quero que vocês sejam os primeiros a saber que eu vou me mudar para os EUA para um treinamento para os Jogos Olímpico no Rio em 2016 . Eu decidi me mudar para Charlotte, Carolina do Norte , onde treinarei com alguns dos melhores atletas do mundo(...) ".
 Kirsty está com 30 anos , nasceu e foi criada em Harare, Zimbábue e sempre teve muito orgulho de sua nacionalidade. Ganhou a medalha de ouro nos 200m costas nas Olimpíadas de Atenas e Pequim , além de uma prata em Atenas (100m costas) , três em Pequim ( 100m costas, 200m e 400m medley) e um bronze em Atenas 2004 ( 200m medley).Ela irá treinar com David Marsh, seu ex-treinador quando defendeu a Universidade de Auburn.
 Kirsty terá uma parada dura no Rio , a jovem estrela americana Missy Franklin última campeã olímpica dos 100 e 200m costas e campeã mundial não facilitará as coisas. Porém se  depender de seus fãs Kirsty já ganhou. O site Swim Vortex publicou essa semana um artigo sobre a volta de Coventry. O texto ressalta o valor  que foi atribuído a ela em sua volta ao Zimbábue. Após sua vitória em Atenas inúmeras crianças foram registradas na maternidade com nomes em homenagem a ela .
 O site destaca os seguintes nomes: Kirsty Coventry Mapurisa, Kirstee Coventree Kavamba, além de nomes mais criativos como: Threemedals Chinotimba, Swimmingpool Nhanga, Freestyle Zuze, Breaststroke Musendame, Butterfly Masocha, Backstroke Banda, Goldmedal Zulu, Goldwinner Mambo, Gold Silver Bronze Ndlovu e  Medley Mbofana. Isso é a prova real do quanto ela é um considerada um ídolo em um país de tantas discórdias. 
 O Zimbábue é um país pequeno da Africa que faz fronteira com Moçambique, Africa do Sul, Botsuana e Zâmbia. O país enfrenta problemas políticos e financeiros e é comandado desde de 1987 por Robert Mugabe que já foi investigado por violação aos direitos humanos.
  Coventry nunca pensou em nadar por outro país e sempre foi respeitada como uma heroína nacional "Ouvir o hino nacional no pódio me faz sentir muito orgulhosa de ser do Zimbábue " , disse ela em sua recepção após as Olimpíadas de Atenas.
 Ela, além de inspirar jovens,crianças e adultos também é membro de inúmeros programas de ajuda humanitária , incluindo a Associações de Câncer do Zimbabwe e da África do Sul.  Sua responsabilidade para com a sociedade nunca foi esquecida.  
 Em seu site oficial está escrito seus principais valores : acreditar em si mesmo , trabalhar duro e perseverar. Para ela se você manter isso, você conquistará o sucesso. Vindo de Kirsty Coventry, ninguém irá questionar.
 O que podemos fazer agora é acreditar e torcer para que ela esteja presente nas Olimpíadas em 2016 no Rio e possa voltar a brilhar como sempre fez.  #GoKirsty #RumoaoRio 

Por Katarine Monteiro





São Paulo, 11 de abril de 2014 


A decadência de um "Thorpedo" 


  Ian Thorpe foi uns dos maiores nadadores da história da Austrália. O chamado ''Thorpedo'' , conquistou 5  medalhas de ouro nas Olimpíadas de Sydney e Atenas. Porém , os tempos de gloria chegaram ao fim e hoje Thorpe passa por uns dos piores momentos de sua vida. 
  Ao anunciar que voltaria as piscinas com o intuito de se classificar para Londres 2012 , Ian, que estava aposentado desde 2006 , traçou um dos mais difíceis desafios de sua carreira , que, infelizmente não foi alcançado. 
  Após não se classificar o nadador caiu em depressão profunda e foi internado em uma clínica. Antes desse episódio , em sua fase depois de aposentado  teve alguns problemas desse tipo , incluindo  psicológicos e com bebidas. Em sua biografia conta até que pensou em suicídio.  
  Mas, dessa vez foi diferente . Acostumado com a fama e com os fans , Thorpe decepcionou a muitos e de maneira mais dura , decepcionou a ele mesmo. A depressão foi maior e os escândalos também . Recentemente  foi encontrado perambulando pelas ruas de Sydney pelo excesso de medicamentos. 
  Agora o ex- atleta  passa por mais um problema. Com uma  infecção no ombro esquerdo devido a uma cirurgia que o tirou de vez da natação , corre o risco de perder os movimentos no local . Até terça-feira estava internado na UTI , porém foi confirmado que ele já saiu da Unidade de Tratamento Intensivo.   
  Quando um atleta de alto nível como Thorpe se aposenta a vida fica mais difícil , o sentimento de perda e desorientação aumenta na mesma proporção do tempo de afastamento. É necessário uma orientação médica, terapêutica e muita calma por parte do atleta.
  O planejamento e o apoio  são as principais características que algum ex - atleta deve ter após sua retirada profissional. Thorpe precisa agora usar de  de  sua força e foco que transbordavam em  seu tempo de ''Thorpedo'' e principalmente voltar a ser feliz consigo mesmo. 

Por Katarine Monteiro 






São Paulo, 28 de março de 2014


Todo esporte precisa de ídolos 


  Se não há ídolos , não há esporte. Forte , mas verdadeiro. Para que um esporte consiga sobreviver ao longo dos anos é preciso idolatria. Da idolatria vem os admiradores e deles, vem o dinheiro que faz com que a modalidade respire e continue viva.
  Encontrar um ídolo não é tão fácil quanto se imagina, é preciso talento e carisma, além de comportamento adequado, ninguém  gosta de convencidos ou de rebeldes. É por isso que digo : ídolo é ídolo. Ayrton Senna , Michael Phelps, Usain Bolt e Cesar Cielo são alguns exemplos dessas pessoas que , por mais tempo que se passe, não sairão tão cedo da história. 
  Algumas características são propícias e indispensáveis  para o surgimento de ídolos.Uma delas é o recurso, seja ele financeiro ou não.  Ao nos depararmos com uma modalidade não muito conhecida no Brasil , conseguimos ver que é por falta de resultados expressantes por partes de nossos atletas. Estes , por sua vez , não são os culpados já que não tem estrutura adequada e muito menos a atenção daqueles responsáveis pela divulgação da modalidade. Ou seja, sem recursos é quase impossível o resultado e o que torna mais difícil ainda a produção de ídolos e a atração de jovens e crianças para o esporte em questão.
  Outra característica já citada é o comportamento fora das quadras , piscinas e campos. Muitos atletas são talentosos e batem até recordes e tudo mais , porém , se não tiverem uma ''cabeça boa'' para lidar com a mídia e com o assédio dos fãs , todo esses talento pode ir por  água abaixo. Existe casos de jogadores que perdem contratos bilionários e que perdem , repentinamente, o carinho do público por noitadas , traição, doping ou até coisa pior. As vezes nem a assessoria de imprensa consegue amenizar. Muitos são contra esse tipo de colocação, dizem que a vida pessoal não pode interferir na profissional , mas  na prática não é o que podemos constatar.
  Lidar com a pressão sem surtar, receber os fãs carinhosamente, sempre buscar objetivos jamais imagináveis para os outros, essas são algumas das principais particularidades do chamado ídolo. Aquele que na pior hora tenta buscar suas maiores forças , aquele que encoraja jovens , crianças e adultos a seguirem os seus sonhos, aquele que simplesmente nasceu para ser ídolo. Sem eles não existiria esporte ,e sem o esporte eles não existiriam. Respeite os ídolos de hoje para nascerem os ídolos de amanhã.

Por Katarine Monteiro 




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